segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ARACNÍDEOS: Novas Tarântulas do Brasil


9 tarântulas escaladoras coloridas são encontradas no Brasil

      O aracnólogo brasileiro Rogério Bertani, do Instituto Butantã, publicou no periódico científico ZooKeys um trabalho em que ele estuda algumas aranhas e acrescenta a descrição de 9 novas tarântulas descobertas no Brasil em regiões da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.
     As aranhas pertencem a três diferentes gêneros,TyphochlaenaPachistopelma, e Iridopelma, e como são espécies recém-descobertas, não se sabe quase nada sobre elas.
As tarântulas escaladoras vivem em árvores e bromélias que existem no tronco das árvores. Elas tem o corpo mais leve, as patas mais longas e são bastante ágeis.
Outro tipo de aranha descoberta é uma tarântula que vive em bromélias, a segunda espécie deste tipo.
A descoberta destas novas espécies fora do Amazonas, que elevou o número de espécies conhecidas de 7 para 16, mostra como conhecemos pouco a fauna destas regiões.
Todas estas aranhas são bastante coloridas, o que deve aumentar a pressão sobre sua população , com gente as capturando para vender como bichos de estimação.
Conheça um pouco mais as novas espécies:
1 – TYPHOCHLAENA AMMA
O nome desta aranha se refere ao projeto AMMA – Levantamento Faunístico de Aracnídeos e Miriápodes da Mata Atlântica, dos aracnologistas do Museu Nacional no Rio de Janeiro, responsáveis pela coleta, que aconteceu na Estação Ecológica de Santa Lúcia, no município de Santa Teresa, Espírito Santo.
Todos os exemplares conhecidos desta aranha vem de Santa Teresa e Domingos Martins, na região montanhosa do Espírito Santo.
2 – TYPHOCHLAENA COSTAE
O nome desta aranha é um matronímio em homenagem a Miriam Costa, que coletou esta e outras espécies novas de aranhas durante os vários anos em que trabalhou no Instituto Butantã. A coleta foi feita durante o resgate de fauna na Unidade Hidro Elétrica Luis Eduardo Magalhães (uma fêmea), em Palmas, no Tocantins. Outras aranhas foram encontrados em Lajeado, também no Tocantins (um macho apanhado em uma armadilha), e na fronteira entre o Maranhão e Piauí (exemplares imaturos em amostras de árvores fósseis).
3 – TYPHOCHLAENA CURUMIM
O nome significa “criança” na língua tupi, uma referência às crianças locais que encontraram a aranha, bem alto em uma árvore, durante uma expedição aracnológica na Reserva Ecológica Estadual Mata do Pau-Ferro, em Areia, na Paraíba.
Até agora só foram encontrados três exemplares, todos eles na reserva “Mata do Pau-Ferro”, embaixo de uma casca solta, em setembro de 1999.
4 – TYPHOCHLAENA PASCHOALI
Esta aranha recebeu o nome em homenagem ao ambientalista brasileiro Elbano Paschoal de Figueiredo Moraesfalecido em abril de 2011, e que foi um dos fundadores da ONG “GAMBÁ – Grupo Ambientalista da Bahia“.
Os 16 exemplares conhecidos foram encontrados na Bahia e em Pernambuco, embora este último talvez seja da Bahia, e está constando como Pernambuco por um possível erro de etiquetagem.
5 – PACHISTOPELMA BROMELICOLA
Esta é uma aranha que vive em bromélias, onde encontra água, alimento e faz suas tocas de seda. Foram encontradas na região costeira, no estado de Sergipe e norte do estado da Bahia, algumas até perto de casas e jardins. Mas também foram encontradas em bromélias no meio da Caatinga de Jeremoabo, e em ambiente de restinga.
Na imagem acima, as fotos 52 a 55 mostram exemplares imaturos, a foto 56 é de uma fêmea e a foto 57 de um macho, todos de Mata de São João, Bahia, exceto o macho, que é de Jeremoabo, também na Bahia. A barrinha preta serve de escala, e tem 10 mm de comprimento.
6 – IRIDOPELMA KATIAE
R. Bertani deu o nome a esta aranha em homenagem a sua esposa, Kátia de Mendonça Faria, que preparou as ilustrações de vários trabalhos de taxonomia de aranhas, inclusive o trabalho em que estas aranhas é apresentado.
As aranhas acima são duas imaturas (140 e 141), uma fêmea (142) e um macho (143), todas registradas no Parque Nacional Chapada Diamantina, em Mucuge, Bahia. Esta aranha é endêmica da Chapada Diamantina e arredores, na Serra do Espinhaço. Elas foram encontradas debaixo de pedras e dentro de bromélias.
Essa aranha recebeu o nome em homenagem a Marco Antonio de freitas, zoologista e geógrafo brasileiro que coletou o espécime. Foi encontrada em São Desidério, na Bahia, sob uma casca de árvore. Só um exemplar, fêmea, é conhecido.
8 – IRIDOPELMA OLIVEIRAI
Esta aranha recebeu o nome em homenagem ao juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, que permitiu ao R. Bertani o acesso a parte dos exemplares nas coleções do Instituto Butantã.
Na foto acima, as duas primeiras são exemplares imaturos em progressão (162-163), uma fêmea (164) e um macho (165), todos de Central, Bahia.

  • Aranhas podem ser bonitas?

  • 9 – IRIDOPELMA VANINI
    Esse animal foi nomeado em homenagem ao entomologista brasileiro, Professor Sérgio Antonio Vanin, que foi orientador de vários aracnologistas, entre eles o R. Bertani, e contribuiu para o desenvolvimento da aracnologia brasileira moderna.
    Os exemplares que foram usados para descrever a espécie foram encontrados no Piauí, Maranhão, Pará, e Tocantins. Na foto vemos uma fêmea, registrada em Parnamirim, Piauí.[ZooKeysLiveScienceScienceDailyEurekAlert]

    Mais Aracnideos: As 10 aranhas mais bizarras do mundo

    Se você tiver fobia de aranhas não leia esse artigo – ou não vai conseguir dormir à noite, esperando que criaturas bizarras como essas apareçam em seu quarto. A seguir uma lista com as 10 mais bizarras e fascinantes aranhas do mundo:
    Aranha caranguejo:
    Essa aranha tem a camuflagem mais eficiente de sua espécie. Você precisa olhar bem de perto para ver que esse pedregulho (ou esse caranguejo feioso) é, na verdade, uma aranha. Alguns chegam a confundi-la com fezes de pássaro já que, quando ela senta no meio de sua teia branca, normalmente em folhas, ela parece com a tradicional mancha branca com um pontinho preto no meio. A camuflagem serve dois propósitos: primeiro, ela protege a aranha dos seus predadores, que pensam que ela é uma caca de passarinho. Segundo, ela atrai o alimento da aranha, que são pequenos insetos que adoram ficar circulando a caca de passarinho.
    Argyrodes columbrinus:
    Também conhecida como aranha chicote. É encontrada, normalmente, na Austrália e seu corpo longo e fino foi a razão pela qual ela foi chamada de columbrinus (em latim, essa palavra significa “parecido com uma cobra”). A aranha chicote é da mesma família da temida viúva negra, mas não se sabe, exatamente, o quão potente seu veneno pode ser. Como suas presas são desprezíveis e como a aranha tem uma natureza dócil ela é considerada inofensiva para nós.
    Aranha-escorpião:
    Talvez ela pudesse ser batizada, também, de aranha-camarão. No entanto, ela não recebeu o nome do “parente” por nada. Quando ameaçada ela ergue sua cauda da mesma forma que um escorpião faria, esperando que seu predador a confunda com um primo seu. Elas também são encontradas na Austrália e parecem ser inofensivas aos humanos.
    Bagheera kiplingi:
    Qualquer semelhança com o Darth Vader é mera coincidência. O nome “Bagheera” desse bichinho vem da pantera da história de Mogli, o Menino Lobo – afinal a aranha acaba se movendo como uma pantera, saltando de um lado para outro. No entanto, enquanto a maior parte das aranhas “saltadeiras” é predadora a Bagheera é quase completamente vegetariana, se alimentando de néctar. Ocasionalmente, quando não têm outra opção, elas comem larvas.
    Aranha assassina:
    Encontradas em Madagascar esses monstrinhos têm enormes mandíbulas e se alimentam exclusivamente de outras aranhas (daí o seu nome). Elas são tão macabras que pesquisadores afirmam que essas aranhas são sobreviventes da era dos dinossauros. Apesar da sua aparência e do seu nome, são completamente inofensivas para os humanos.
    Argyroneta aquática:
    Conhecidas, também, como aranhas mergulhadoras, elas são as únicas aranhas completamente aquáticas do mundo. São encontradas na Europa e na Ásia e vive em pequenos lagos ou riachos menos agitados. Como ela não pode respirar debaixo da água, ela faz uma teia e a enche de oxigênio que traz da superfície. Ela passa a maior parte do tempo em sua casinha e demora um bom tempo até ela precisar abastecê-la novamente.
    Aranha espinhosa:
    As aranhas espinhosas não constituem apenas uma espécie, mas um gênero que possui mais de 70 espécies desse tipo de animal. São encontradas no mundo todo e, apesar de sua aparência macabra, são completamente inofensivas. Seus espinhos apenas servem para manter os pássaros longe. Elas também têm um hábito curioso – elas colocam “bandeiras” ao redor de suas teias para evitar que pequenos pássaros fiquem enroscados nelas e prejudiquem sua cria.
    Maratus volans:
    Não, não é photoshop e nem sacanearam a aranha pichando seu abdômen. Essa é a conhecida aranha-pavão, que vive na Austrália. Assim como o pavão, o macho usa suas cores incríveis para chamar a atenção da fêmea (que é sem-gracinha e não tem nem metade das cores). Ele também vibra suas presas e suas pernas para ter um efeito dramático.
    Myrmarachne plataeloids:
    Antes que você reclame dizendo que há uma formiga na lista, conte as patas do bichinho acima. Oito, certo? Formigas têm apenas seis. Mas, nesse caso, a formiga seria mais perigosa do que a aranha. Ela imita quase perfeitamente a formiga tecelã, que possui uma mordida dolorida. A aranha, ao contrário, é inofensiva. Ela pode ser encontrada se camuflando na China e no sudeste da Ásia.
    Aranha feliz:
    De novo, não é photoshop e ninguém sacaneou essa aranha. Como você pode imaginar, ela também é parente da viúva negra. Pode ser encontrada nas florestas tropicais havaianas (onde é conhecida por nananana makaki’i). Ela não é perigosa para humanos e as formas vermelhas em seu abdômen normalmente têm a forma de um rosto sorrindo, causada pela pareidolia. Mesmo não sendo a única aranha com um rosto desenhado, é a mais engraçada. [Listverse]

    Vídeos Sobre os Biomas Terrestres

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