domingo, 30 de março de 2014

TRANSPLANTE DE FEZES: INÉDITO

01 - TRANSPLANTE DE FEZES VIRA ARMA CONTRA TIPO DE COLITE 


Esta postagem a principio parecem ser estranha, mas é verdadeira: TRANSPLANTE DE FEZES.


Técnica é alternativa de cura para doença que causa diarreia constante; com transplante, flora intestinal é reconstruída; 

O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, realizou no último mês dois procedimentos inusitados e inéditos no Brasil: transplantes de fezes. Apesar de parecer estranho, o transplante é a única alternativa de cura para pacientes que sofrem da chamada colite pseudomembranosa, que causa diarreias persistentes, que podem levar à desidratação e até a infecção generalizada.
O primeiro a receber a técnica foi o empresário José Sanches Gallo, de 75 anos, que foi transplantado em fevereiro. Na semana passada foi a vez da aposentada Vera Soares, de 78 anos. Nos dois casos, os filhos foram os doadores. Os dois já receberam alta e não tiveram mais diarreia.
Esse tipo de colite é causado pela Clostridium difficile. Trata-se de uma bactéria que normalmente habita a flora intestinal de cerca de 10% das pessoas, mas costuma não incomodar porque há um equilíbrio natural entre as bactérias.
Em geral, o problema surge por conta da ingestão contínua de antibióticos de largo espectro (os mais modernos, que normalmente matam vários tipos de bactérias). A Clostridium difficile é resistente a esses medicamentos e, sem outras bactérias no mesmo ambiente, ela fica livre para agir, provocando um desequilíbrio e, consequentemente, as diarreias persistentes.
O tratamento padrão para esse problema é o uso de dois tipos de antibióticos: a vancomicina e o metronizadol. Mas, segundo o médico Arnaldo José Ganc, que é gastroenterologista e endoscopista do Einstein, esses antibióticos não curam, apenas reduzem a frequência das diarreias. Além disso, a vancomicina só pode ser aplicada em ambiente hospitalar (é de uso venoso) e o metronizadol já não tem sido mais tão eficiente.
Veja como é esta doença 
Segundo Ganc, nos anos 1960 pesquisadores começaram a usar uma técnica de lavagem intestinal no paciente usando fezes de outras pessoas para tentar "repovoar" a flora, restaurando o equilíbrio, mas a técnica foi considerada antiética e foi suspensa por anos. Tempos depois, os cientistas também tentaram aplicar as fezes saudáveis nos pacientes por meio da colonoscopia, mas os resultados não eram bons porque não se conseguia fazer o "repovoamento" de toda a flora intestinal - apenas do fim.
Mas, uma pesquisa feita por cientistas holandeses e publicada no New England Journal of Medicine em janeiro deste ano trouxe a técnica de volta - mas por outras vias - e constatou que o transplante de fezes é realmente a alternativa mais rápida e eficaz para o tratamento, em comparação com o uso da vancomicina.
No estudo, os pesquisadores analisaram três grupos de pacientes: o primeiro e o segundo foram tratados com os antibióticos e o terceiro grupo fez o transplante. A cura do problema foi tão rápida no terceiro grupo (a diarreia cessou em 85% dos voluntários na primeira infusão) que o estudo foi interrompido, já que os médicos concluíram que seria antiético manter os outros pacientes com medicamentos, sem bons resultados. Na segunda infusão, a diarreia cessou em 95% dos participantes.
Adaptação. O grupo holandês fez o transplante por meio de uma infusão de fezes feitas por uma sonda no nariz do paciente, chegando no duodeno.
Aqui no Brasil, para evitar constrangimentos nos pacientes e até mesmo a possibilidade de refluxos, o médico Ganc resolveu adaptar a técnica e, em vez de usar a sonda no nariz, ele fez uma endoscopia - os pacientes foram sedados e, por meio do endoscópio, as fezes foram infundidas direto no jejuno.
"O hospital estava com dois pacientes com diarreia persistente. Um deles estava internado havia mais de três meses. Tínhamos tentado de tudo para resolver o problema, sem sucesso. Até que decidi propor o transplante. Eles toparam na hora", afirmou Ganc.
Um deles, o aposentado Sanches Gallo, sofria havia três meses de diarreia crônica. Um dia após o transplante, já se sentia melhor. Em três dias, não teve mais diarreia. "É um procedimento muito simples e rápido. Estava sedado, não vi nada. Resolveu meu problema."
De acordo com Ganc, a técnica usa fezes de duas pessoas para melhorar a quantidade e a qualidade das bactérias. As fezes passam por sorologias, depois são misturadas em soro fisiológico e centrifugadas, antes de serem infundidas no doente. Ao ser aplicada no jejuno, as fezes vão "repovoando" a flora intestinal com novas bactérias e, por conta dessa competição, o Clostridium difficile morre. Em muitos casos, o problema cessa já na primeira infusão. "Apesar de desconhecido por muitos, o problema é bastante comum. Já se fala em usar essa técnica em outras doenças intestinais", disse Ganc.
Em São Paulo o Hospital Albert Sabin realizou no último mês dois procedimentos inusitados e inéditos no Brasil: transplantes de fezes. Apesar de parecer estranho, o transplante é a única alternativa de cura para pacientes que sofrem da chamada colite pseudomembranosa, que causa diarreias persistentes, que podem levar à desidratação e até a infecção generalizada. 
O primeiro receber a técnica foi o empresário José Sanches Gallo, de 75 anos, que foi transplantado em fevereiro. Na semana passada foi a vez da aposentada Vera Soares, de 78 anos. Nos dois casos, os filhos foram os doadores. Os dois já receberam alta e não tiveram mais diarreia. Esse tipo de colite é causado pela clostridium difficile. Trata-se de uma bactéria que normalmente habita a flora intestinal de cerca de 10% das pessoas, mas costuma não incomodar porque há um equilíbrio natural entre as bactérias.



Em geral, o problema surge por conta da ingestão contínua de antibióticos de largo espectro (os mais modernos, que normalmente matam vários tipos de bactérias). A Clostridium difficile é resistente a esses medicamentos e, sem outras bactérias no mesmo ambiente, ela fica livre para agir, provocando um desequilíbrio e, consequentemente, as diarreias persistentes.


Fonte: 
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,transplante-de-fezes-vira-arma-contra-tipo-de-colite,1014888,0.htm em 30/03/2014
http://www.patmed.com.br/transplante-de-fezes-vira-arma-contra-tipo-de-colite

Veja na foto abaixo como é feita a técnica: 

02 - Transplante fecal: restaurando nosso ecossistema interno

A microbiota intestinal humana exerce um papel importante tanto na saúde quanto na doença. E em alguns aspectos, a manutenção de uma microbiota saudável se assemelha a cuidar de um jardim (veja a figura acima ). Por vezes, intervenções graves podem levar à degradação total deste ecossistema, como por exemplo, através de doenças e/ou pelo uso de antibióticos. Embora seja possível a recuperação espontânea, não é garantido que ela ocorra em todos os casos. Devido a isto, várias estratégias podem ser utilizadas para restaurar este ecossistema: probióticos, prebióticos ou até mesmo transplantar o ecossistema microbiano inteiro, por exemplo, a partir de uma amostra de fezes e um processo denominado transplante fecal.
Estas estratégias podem estar associadas a suplementação da dieta com carboidratos não-digeríveis (prebióticos) que são benéficos, porque estimulam seletivamente o crescimento e a atividade de uma ou mais espécies bacterianas no cólon. Outra forma de recuperação ou fortalecimento deste ecossistema intestinal seria através da ingestão de micro-organismos vivos, administrados em quantidades adequadas e que conferem benefícios à saúde do hospedeiro (probióticos). Os probióticos em sua maioria pertencem aos gêneros Lactobacillus, Bifidobacterium e Bacillus. Entretanto em alguns caso graves de diarreia crônica é necessário lançar mão de uma medida capaz de restaurar a complexa microbiota intestinal por completo  e neste caso transplante fecal é uma opção terapêutica.
A maioria das pessoas já ouviu falar sobre probióticos e prebióticos, mas poucos conhecem algo sobre transplante fecal. Apesar de poucas pessoas conhecerem esta técnica, o transplante fecal não é uma prática nova. O primeiro caso foi descrito por Eiseman e colaboradores em 1958, e a descrição do segundo ocorreu em 1981 por Bowden. Hoje este tipo de terapia é utilizada por vários especialistas com sucesso, sem quaisquer efeitos adversos. Desde então, existem muitos relatos de transplantes de fezes através de colonoscopia ou sonda nasogástrica, e a maioria destes procedimentos estavam relacionados a utilização desta técnica no tratamento da infecção por Clostridium difficile, para o restabelecimento da microbiota após a infecção. Um dos princípios do método do transplante fecal é que nem todos os micro-organismos da microbiota podem ser isolados e cultivados em laboratório.
Recentemente, 19 pacientes infectados por C.difficile foram submetidos a um transplante de fezes (Figura 2). Permanecendo livres da doença por até quatro anos. Este resultado sugere que esta terapia pode ser benéfica para o tratamento desta doença, e segundo outros trabalhos é eficaz no tratamento de outros tipos de gastroenterites. 
Já existem estudos  que relatam que o uso progressivo de antibióticos contra C. difficile e outros micro-organismos também é capaz de afetar negativamente a   microbiota e sugerem que a recolonização do trato intestinal por uma nova microbiota pode ser empregada através do transplante.
Em outro estudo sobre o tema, foram utilizadas técnicas moleculares a fim de reconhecer os grupos microbianos bioindicadores de uma microbiota ‘saudável’ ou ‘doente’. Este estudo descreve o efeito de uma bacterioterapia através de um transplante fecal em pacientes com diarreia a fim de restabelecer a microbiota do cólon. Neste estudo, Firmicutes e Bacteriodetes não foram encontrados nos indivíduos doentes e dias após o transplante já foi possível ver reestabelecimento da microbiota e a recuperação do quadro clínico.
Vale a pena lembrar que o entendimento sobre o efeito da aplicação desta técnica parte de princípios ecológicos como interações entre hospedeiro e micro-organismos. Portanto, estudos sobre a composição, a diversidade e a função de comunidades microbianas intestinais são importantes para elaborar estratégias para tratamentos futuros.
O Transplante fecal, embora pareça ser uma abordagem estranha para os leigos, pode ser uma boa opção de tratamento e tem a capacidade de restabelecer a microbiota intestinal saudável. Por mais desagradável que possa parecer.
Por Deborah  Leite
Referências:
Eisman, B.; Silen, W; Bascom, G.S.; Kauvar, A.J. Fecal enema as an adjunct in the treatment of pseudomembranous enterocolitis. Surgery. 1958;44(5):854-859.
Bowden, T.A.; Mansberger, A.R.; Lykins, L.E. Pseudomembranous enterocolitis: mechanism of restoring floral homeostasis. Am Surg. 1981;47:178-183.
Yoon, S.; Brandt, L.J. Treatment of refractory/recurrent C. difficile-associated disease (CDAD) by donated stool transplanted via colonoscopy: a case series of twelve patients. Journal of Clinical Gastroenterology. 2010;44:562-566
Grehan, M.J.; Borody, T.J.; Leis, S.M.; Campbell, J.; Mitchell, H.; Wettstein, A. Durable alteration of the colonic microbiota by the administration of donor fecal flora. Journal of Clinical Gastroenterology. 2010; 44(8):551-561.
Floch, M. H. Fecal Bacteriotherapy, Fecal Transplant, and the Microbiome. Journal of Clinical Gastroenterology. 2010; 44(8): 529-530
Khoruts, A.; Dicksved, J.; Jansson, J.K.; Sadowsky, M. J. 2010. Changes in the composition of the human fecal microbiome following bacteriotherapy for recurrent Clostridium difficile-associated diarrhea.  Journal of Clinical Gastroenterology. 2010, 44:354-360.
Lozupone, C.A.; Stombaugh, J.; Jansson, J.K.; Gordon, J.I.; Knight, R. Factors that shape composition and resilience of human intestinal microbiota. Nature. 2012. (in press)

Fonte: http://www.crohnistasdalegria.com/2013/03/transplante-fecal-restaurando-nosso.html em 30/03/2014

veja o vídeo abaixo sobre o transplante de fezes



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ARACNÍDEOS: Novas Tarântulas do Brasil


9 tarântulas escaladoras coloridas são encontradas no Brasil

      O aracnólogo brasileiro Rogério Bertani, do Instituto Butantã, publicou no periódico científico ZooKeys um trabalho em que ele estuda algumas aranhas e acrescenta a descrição de 9 novas tarântulas descobertas no Brasil em regiões da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.
     As aranhas pertencem a três diferentes gêneros,TyphochlaenaPachistopelma, e Iridopelma, e como são espécies recém-descobertas, não se sabe quase nada sobre elas.
As tarântulas escaladoras vivem em árvores e bromélias que existem no tronco das árvores. Elas tem o corpo mais leve, as patas mais longas e são bastante ágeis.
Outro tipo de aranha descoberta é uma tarântula que vive em bromélias, a segunda espécie deste tipo.
A descoberta destas novas espécies fora do Amazonas, que elevou o número de espécies conhecidas de 7 para 16, mostra como conhecemos pouco a fauna destas regiões.
Todas estas aranhas são bastante coloridas, o que deve aumentar a pressão sobre sua população , com gente as capturando para vender como bichos de estimação.
Conheça um pouco mais as novas espécies:
1 – TYPHOCHLAENA AMMA
O nome desta aranha se refere ao projeto AMMA – Levantamento Faunístico de Aracnídeos e Miriápodes da Mata Atlântica, dos aracnologistas do Museu Nacional no Rio de Janeiro, responsáveis pela coleta, que aconteceu na Estação Ecológica de Santa Lúcia, no município de Santa Teresa, Espírito Santo.
Todos os exemplares conhecidos desta aranha vem de Santa Teresa e Domingos Martins, na região montanhosa do Espírito Santo.
2 – TYPHOCHLAENA COSTAE
O nome desta aranha é um matronímio em homenagem a Miriam Costa, que coletou esta e outras espécies novas de aranhas durante os vários anos em que trabalhou no Instituto Butantã. A coleta foi feita durante o resgate de fauna na Unidade Hidro Elétrica Luis Eduardo Magalhães (uma fêmea), em Palmas, no Tocantins. Outras aranhas foram encontrados em Lajeado, também no Tocantins (um macho apanhado em uma armadilha), e na fronteira entre o Maranhão e Piauí (exemplares imaturos em amostras de árvores fósseis).
3 – TYPHOCHLAENA CURUMIM
O nome significa “criança” na língua tupi, uma referência às crianças locais que encontraram a aranha, bem alto em uma árvore, durante uma expedição aracnológica na Reserva Ecológica Estadual Mata do Pau-Ferro, em Areia, na Paraíba.
Até agora só foram encontrados três exemplares, todos eles na reserva “Mata do Pau-Ferro”, embaixo de uma casca solta, em setembro de 1999.
4 – TYPHOCHLAENA PASCHOALI
Esta aranha recebeu o nome em homenagem ao ambientalista brasileiro Elbano Paschoal de Figueiredo Moraesfalecido em abril de 2011, e que foi um dos fundadores da ONG “GAMBÁ – Grupo Ambientalista da Bahia“.
Os 16 exemplares conhecidos foram encontrados na Bahia e em Pernambuco, embora este último talvez seja da Bahia, e está constando como Pernambuco por um possível erro de etiquetagem.
5 – PACHISTOPELMA BROMELICOLA
Esta é uma aranha que vive em bromélias, onde encontra água, alimento e faz suas tocas de seda. Foram encontradas na região costeira, no estado de Sergipe e norte do estado da Bahia, algumas até perto de casas e jardins. Mas também foram encontradas em bromélias no meio da Caatinga de Jeremoabo, e em ambiente de restinga.
Na imagem acima, as fotos 52 a 55 mostram exemplares imaturos, a foto 56 é de uma fêmea e a foto 57 de um macho, todos de Mata de São João, Bahia, exceto o macho, que é de Jeremoabo, também na Bahia. A barrinha preta serve de escala, e tem 10 mm de comprimento.
6 – IRIDOPELMA KATIAE
R. Bertani deu o nome a esta aranha em homenagem a sua esposa, Kátia de Mendonça Faria, que preparou as ilustrações de vários trabalhos de taxonomia de aranhas, inclusive o trabalho em que estas aranhas é apresentado.
As aranhas acima são duas imaturas (140 e 141), uma fêmea (142) e um macho (143), todas registradas no Parque Nacional Chapada Diamantina, em Mucuge, Bahia. Esta aranha é endêmica da Chapada Diamantina e arredores, na Serra do Espinhaço. Elas foram encontradas debaixo de pedras e dentro de bromélias.
Essa aranha recebeu o nome em homenagem a Marco Antonio de freitas, zoologista e geógrafo brasileiro que coletou o espécime. Foi encontrada em São Desidério, na Bahia, sob uma casca de árvore. Só um exemplar, fêmea, é conhecido.
8 – IRIDOPELMA OLIVEIRAI
Esta aranha recebeu o nome em homenagem ao juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, que permitiu ao R. Bertani o acesso a parte dos exemplares nas coleções do Instituto Butantã.
Na foto acima, as duas primeiras são exemplares imaturos em progressão (162-163), uma fêmea (164) e um macho (165), todos de Central, Bahia.

  • Aranhas podem ser bonitas?

  • 9 – IRIDOPELMA VANINI
    Esse animal foi nomeado em homenagem ao entomologista brasileiro, Professor Sérgio Antonio Vanin, que foi orientador de vários aracnologistas, entre eles o R. Bertani, e contribuiu para o desenvolvimento da aracnologia brasileira moderna.
    Os exemplares que foram usados para descrever a espécie foram encontrados no Piauí, Maranhão, Pará, e Tocantins. Na foto vemos uma fêmea, registrada em Parnamirim, Piauí.[ZooKeysLiveScienceScienceDailyEurekAlert]

    Mais Aracnideos: As 10 aranhas mais bizarras do mundo

    Se você tiver fobia de aranhas não leia esse artigo – ou não vai conseguir dormir à noite, esperando que criaturas bizarras como essas apareçam em seu quarto. A seguir uma lista com as 10 mais bizarras e fascinantes aranhas do mundo:
    Aranha caranguejo:
    Essa aranha tem a camuflagem mais eficiente de sua espécie. Você precisa olhar bem de perto para ver que esse pedregulho (ou esse caranguejo feioso) é, na verdade, uma aranha. Alguns chegam a confundi-la com fezes de pássaro já que, quando ela senta no meio de sua teia branca, normalmente em folhas, ela parece com a tradicional mancha branca com um pontinho preto no meio. A camuflagem serve dois propósitos: primeiro, ela protege a aranha dos seus predadores, que pensam que ela é uma caca de passarinho. Segundo, ela atrai o alimento da aranha, que são pequenos insetos que adoram ficar circulando a caca de passarinho.
    Argyrodes columbrinus:
    Também conhecida como aranha chicote. É encontrada, normalmente, na Austrália e seu corpo longo e fino foi a razão pela qual ela foi chamada de columbrinus (em latim, essa palavra significa “parecido com uma cobra”). A aranha chicote é da mesma família da temida viúva negra, mas não se sabe, exatamente, o quão potente seu veneno pode ser. Como suas presas são desprezíveis e como a aranha tem uma natureza dócil ela é considerada inofensiva para nós.
    Aranha-escorpião:
    Talvez ela pudesse ser batizada, também, de aranha-camarão. No entanto, ela não recebeu o nome do “parente” por nada. Quando ameaçada ela ergue sua cauda da mesma forma que um escorpião faria, esperando que seu predador a confunda com um primo seu. Elas também são encontradas na Austrália e parecem ser inofensivas aos humanos.
    Bagheera kiplingi:
    Qualquer semelhança com o Darth Vader é mera coincidência. O nome “Bagheera” desse bichinho vem da pantera da história de Mogli, o Menino Lobo – afinal a aranha acaba se movendo como uma pantera, saltando de um lado para outro. No entanto, enquanto a maior parte das aranhas “saltadeiras” é predadora a Bagheera é quase completamente vegetariana, se alimentando de néctar. Ocasionalmente, quando não têm outra opção, elas comem larvas.
    Aranha assassina:
    Encontradas em Madagascar esses monstrinhos têm enormes mandíbulas e se alimentam exclusivamente de outras aranhas (daí o seu nome). Elas são tão macabras que pesquisadores afirmam que essas aranhas são sobreviventes da era dos dinossauros. Apesar da sua aparência e do seu nome, são completamente inofensivas para os humanos.
    Argyroneta aquática:
    Conhecidas, também, como aranhas mergulhadoras, elas são as únicas aranhas completamente aquáticas do mundo. São encontradas na Europa e na Ásia e vive em pequenos lagos ou riachos menos agitados. Como ela não pode respirar debaixo da água, ela faz uma teia e a enche de oxigênio que traz da superfície. Ela passa a maior parte do tempo em sua casinha e demora um bom tempo até ela precisar abastecê-la novamente.
    Aranha espinhosa:
    As aranhas espinhosas não constituem apenas uma espécie, mas um gênero que possui mais de 70 espécies desse tipo de animal. São encontradas no mundo todo e, apesar de sua aparência macabra, são completamente inofensivas. Seus espinhos apenas servem para manter os pássaros longe. Elas também têm um hábito curioso – elas colocam “bandeiras” ao redor de suas teias para evitar que pequenos pássaros fiquem enroscados nelas e prejudiquem sua cria.
    Maratus volans:
    Não, não é photoshop e nem sacanearam a aranha pichando seu abdômen. Essa é a conhecida aranha-pavão, que vive na Austrália. Assim como o pavão, o macho usa suas cores incríveis para chamar a atenção da fêmea (que é sem-gracinha e não tem nem metade das cores). Ele também vibra suas presas e suas pernas para ter um efeito dramático.
    Myrmarachne plataeloids:
    Antes que você reclame dizendo que há uma formiga na lista, conte as patas do bichinho acima. Oito, certo? Formigas têm apenas seis. Mas, nesse caso, a formiga seria mais perigosa do que a aranha. Ela imita quase perfeitamente a formiga tecelã, que possui uma mordida dolorida. A aranha, ao contrário, é inofensiva. Ela pode ser encontrada se camuflando na China e no sudeste da Ásia.
    Aranha feliz:
    De novo, não é photoshop e ninguém sacaneou essa aranha. Como você pode imaginar, ela também é parente da viúva negra. Pode ser encontrada nas florestas tropicais havaianas (onde é conhecida por nananana makaki’i). Ela não é perigosa para humanos e as formas vermelhas em seu abdômen normalmente têm a forma de um rosto sorrindo, causada pela pareidolia. Mesmo não sendo a única aranha com um rosto desenhado, é a mais engraçada. [Listverse]

    Vídeos Sobre os Biomas Terrestres

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