A formação de “ilhas de calor”, como é conhecido o fenômeno em que surgem zonas de temperatura anormalmente alta nas cidades, deixou de ser um problema somente para a população dos grandes municípios do país.
Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) constatou que a existência do fenômeno é cada vez mais evidente também em cidades médias paulistas.
Segundo João Lima Sant’Anna Neto, professor do Departamento de Geografia do campus de Presidente Prudente (oeste do Estado), um levantamento feito em 14 cidades verificou que houve aumento de 1ºC na temperatura nos últimos 49 anos.
Além disso, cresceu 34% o número de dias quentes (temperatura acima de 30ºC) por ano nesses municípios.
O estudo avaliou dados da estrutura térmica de 14 municípios do Estado, que possuem estações certificadas pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) ou pela Esalq-USP, desde 1960.
Todas são cidades de médio (caso de Sorocaba) e pequeno portes (São Simão).
O período das informações analisadas foi dividido em duas fases, de 1961 a 1990 e de 1991 a 2009. Segundo Neto, o trabalho verificou a intensificação das “ilhas de calor” nos 14 municípios.
Isso ocorreu até em Campos do Jordão, cidade paulista famosa pelo inverno. O município tinha 218 dias quentes no primeiro período e chegou a 241 no posterior.
Neto disse que esse fenômeno climático ocorre devido à pouca vegetação e à maior densidade de construções (residenciais, comerciais e industriais) nas cidades.
“É notório que as ‘ilhas de calor’ são verificadas com mais incidência em metrópoles, mas por meio do estudo percebemos que isso ocorre também em municípios menores. Basta verificar o aumento no número de dias quentes e elevação da temperatura”, afirma.
130 ANOS EM 50
De acordo com o pesquisador, a temperatura do planeta subiu cerca de 1ºC nos últimos 130 anos. “Nas 14 cidades paulistas analisadas, essa elevação foi verificada em apenas 50 anos.”
“A elevação de dias quentes é um problema, pois gera aumento no consumo de água, eleva gastos com energia elétrica e provoca maior incidência de doenças vinculadas ao calor, como problemas relacionados ao aparelho circulatório”, afirma.
Fonte: Folha
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Resenha do autor
O estudo acima trás é justamente o que põem em questão o aquecimento global como um fato. Trás uma dúvida metodológica a respeito da mensuração da temperatura média do planeta. Os registros climatológicos que sustentam a hipótese do aquecimento global estão de fato detectando o aumento de temperatura média do planeta ou estão sendo influenciados pelas ilhas de calor das grandes e médias cidades?
Pode parecer absurdo questionar desta forma, mas grande parte dos centros de pesquisa climatológicos estão na desflorestada Europa onde as proporções continentais são muito maiores que as do hemisfério sul
Sabe-se que regionalmente a temperatura pode ser modificada, especialmente pela retirada de cobertura vegetal e construção de cidades; não será possível que os climatologistas estejam capturando aumento de temperaturas locais e atribuindo a um evento global?
O fato de cidades como Sorocaba registrarem o aumento de um grau implica em olhar o que era a cidade de Sorocaba a 30 anos atrás e o que é atualmente, uma grande cidade desenvolvida e cheia de problemas socioambientais.
Campos do Jordão de fato apresenta um aumento desde a década de 50, resultado da crescente urbanização. De fato, o último ano em que nevou em Campos do Jordão foi em 1949. A última vez que vi um termômetro chegar a zero grau em Campos de Jordão foi em 2009. A prefeitura da cidade incentiva os proprietários de hotel e pousadas a construir seus edifícios com o mesmo padrão característico de telhado, aquele resistente a neve que é bastante comum no Canadá e regiões frias, entretanto, o gelo em si, parou de cair a mais de 50 anos.
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Fonte: http://netnature.wordpress.com/2012/09/07/ilhas-de-calor-afetam-cidades-medias-de-sp-com-resenha/ acesso em 09/09/2012
